Há mais de 46 anos, Colatina viu o último trem passar pelo centro da cidade e a ferrovia que passou ali por quase 70 anos ser desmontada. Mas nos próximos anos esse modal pode voltar a ser uma realidade na cidade capixaba: o Governo Federal recebeu duas solicitações do setor privado para abertura de novas ferrovias no Sudeste, sendo uma da Bahia e uma no Espírito Santo, que vai ligar Linhares a Colatina e tem potencial de transportar milhões de toneladas de carga sólida anualmente.

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A diversificação dos modais de transporte é uma pauta prioritária desde que Tarcísio Gomes de Freitas assumiu a pasta da Infraestrutura no Governo Federal, dando início impulso à diversificação dos modais de transporte brasileiros.

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Com o choque de capital privado na infraestrutura brasileira, os investimentos se multiplicaram, alcançando cifras bem superiores à capacidade de investimento pública.

Considerando apenas investimentos em ferrovias, o Ministério da Infraestrutura (Minfra) já recebeu 21 requerimentos de investidores privados, que somam R$ 83,7 bilhões em aportes. Quatro desses requerimentos são de ferrovias que cortam o ES.

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Um dos pedidos protocolados no MInfra é para a construção nova ferrovia com 100 km de extensão, que ligará os municípios de Colatina/ES e Linhares/ES. A linha férrea terá capacidade de transportar 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, segundo informações do MInfra.

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A pasta de Tarcísio também recebeu requerimento da Petrocity para construção da "Estrada de Ferro JK”, que terá 1.108 km e ligará Brasília e Barra de São Francisco (ES). A expectativa de investimento de R$ 13,5 bilhões.

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Além disso, o setor privado já demonstrou interesse em construir outras linhas férreas no ES, como a ferrovia São Mateus-Ipatinga (42 0 km) e Presidente Kennedy-Conceição do Mato-Sete Lagoas (610 km).

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Para se tornar realidade, o Novo Marco das Ferrovias, que possibilita o regime de autorização após esses protocolos, precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e sancionado pela presidência da República. O projeto já foi aprovado no Senado. No encontro 5º Folha Business, na última sexta, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM/MG) afirmou ter boas expectativas de que os deputados federais aprovem o projeto ainda em 2021.